O sol nasce e junto com ele o modo de sobrevivência de um povo. As barracas do domingo da feira na feirinha da estação tão nova quanto às frutas e legumes chegam a colorir a Avenida João Durval Carneiro. A música é a popular como nas segundas, terças... Como as de hoje que também é dia de feira, buzinas, é 3 por 2, dá licença, o pagode, o arrocha e o axé caracterizam esse dia comum para tantos e especial para outros.
É um domingo de lazer, de ir à feira com mãe, de conversar com a freguesa de todo domingo e comer o pastel da feirinha. Olhando de cima a bagunça pode até agoniar, indo até lá tudo flui e parece organizado, por que nada pára e tudo se resolve.
Nossa Feira de Santana acordada na diversidade da sua feirinha que de tão grande se perde e se encontra entre uma esquina e outra... São carregadores de mercadorias entre carregadores de alegria. A cobertura da Feira não impede que o sol esquente todos e o caldo de cana ou a água de coco da esquina tentam refrescar...
O ponto de ônibus já não existe no meio deste movimento, vira ponto de espera para aqueles que aguardam o carro ou um carregador.
Na simplicidade que alimenta uma gente com preço baixo, o calor de uma terra que desde o tempo da colônia têm as feiras-livres em sua história mostra que mesmo as pessoas que apregoam a qualidade de seus produtos procuram outros produtos para abastecer sua casa.
Ao fim do dia, como um cenário de teatro, tudo isso vai se desmontar. Os personagens encontram outro lugar para atuar e continuar sua história real.
É a feira do escambo, é o domingo que alegra e movimenta o brasileiro... É dia de feira, é domingo na Feira de Feira de Santana...
2 comentários:
Boa crônica :)
Carla
O melhor dia pra se fazer feira é domingo mesmo... Pois ele fica mais completo depois de ver de perto nosso povo que não está presente no comércio... Bom texto. Parabéns.
Michele Mota
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