
“Quem não está gostando que se mude”. Ultimamente, esta é uma das frases mais utilizadas no município, pelas pessoas que infringem a Lei complementar nº 041/2009 do código do meio ambiente de Feira de Santana, em especial, os proprietários de bares, casas de espetáculos e veículos. De acordo com a lei, durante o dia, o volume do som permitido é até 70 decibéis (dB). A partir das 18 horas, não poderá ultrapassar 60 dB.
Segundo os especialistas, a poluição sonora é responsável por: reações generalizadas de stress e aumento do ritmo cardíaco. É capaz de provocar aborto, impotência sexual, de interromper a digestão e causar dores no estômago, náuseas, dores de cabeça, irritabilidade, ansiedade, nervosismo, insônia, perturbações auditivas graves, fadiga, redução de produtividade, aumento do número de acidentes, de consultas médicas e do absentismo. Os estudiosos também afirmam que nos locais de muito ruído é mais acentuada a presença de ratos e baratas.
No que tange ao barulho excessivo de som de carros e bares, acrescentam-se ainda como transtornos ao ser humano: o risco eminente de inimizade, agressões físicas e verbais, a obrigação de se ouvir canções indesejadas, a visualização de gestos obscenos, sobretudo, com as músicas de duplo sentido.
Nota-se que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito vêm realizando algumas ações para conter a poluição sonora, mediante programas de educação ambiental, advertência, multas, interdições, embargos, apreensões e disque denúncia: (75) 3602-4553 / 3623-3580, porém, o número de fiscais é insuficiente para atender a demanda de reclamações.
A população prejudicada sente a falta do apoio da Polícia Militar na execução desse serviço de fiscalização.
A informação na cidade é que atualmente, a polícia só oferece suporte às secretarias mencionadas, quando acontecem as blitzes. Porém, não é bem assim, visto que há um corporativismo, isto é, quando o som está acima do permitido, afetando, sobretudo, a residência de algum policial, colega, amigo, ou parente deste, verifica-se que a viatura aparece imediatamente para coibir.
Ainda com relação a policia, tem mais um agravante: muitas vezes o veículo que está executando a música - com volume alto - pertence a um policial. Se ele estiver embriagado, e aí, o que fazer? Como exigir seus direitos?
É uma pergunta que tem uma resposta polêmica. Entretanto, antes de uma norma de direito estabelecida pela(s) autoridade(s) para disciplinar a vida de uma comunidade, seria bom que prevalecesse o bom senso, a informação e a educação. As agressões ao meio ambiente precisam ser suprimidas com urgência. A luta é coletiva, mas a ação é individual. Um mundo melhor começa a partir dos princípios éticos e morais de cada pessoa.
Artigo do Jornalista Sérgio Augusto Marques.
Foto: ilustração
Um comentário:
Eu sofro com meu vizinho. Ele mora na cobertura do prédio ao lado,e as vezes faz aquela "festinha na laje". Outra coisa que está incomodando são as carreatas políticas e seus carros de som.
Haja problema!
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