domingo, 26 de junho de 2011

Um São sem José...



Até onde vêm as lembranças na minha memória, o São João de São José foi a primeira festa aberta ao público que eu participei. Antes, uma festa bonita, com bastante crianças brincando na “beira” da fogueira, soltando traque enquanto seus pais se deliciavam com licores e guloseimas juninas.

O show do palco com atrações que, como hoje, eram excelentes completavam a alegria de todos que iriam arrasta o pé no distrito de Maria Quitéria.

As estórias e risadas em volta da fogueira eram contagiantes, até que eu, meu irmão, cunhada e o sobrinho dela de 13 anos resolvemos ir ver ao show de Vitor e Leo. Chegamos na praça quando uma banda tocava sua última música. Procuramos uma barraca para sentar e lá presenciamos o início de uma briga entre familiares que logo se acalmou. Sabemos que a violência a cada dia vem aumentando e surpreendendo a uns, e outros não. O fato é que não nos chocamos até presenciar algum ato violento.

E Vitor e Leo entram cantando sua primeira música, e pára logo em seguida por conta de uma briga na frente do palco, pedindo reforço policial para prender o agressor. A polícia chega e a dupla sertaneja percebe que tem uma pessoa ferida no chão e pede socorro ( acredito que foi uma facada), depois desse pequeno alvoroço a dupla volta a cantar.

E quando a festa estava ficando animada, com músicas conhecidas, crianças brincando ao meu redor, casais dançando e eu sentada lembrando dos momentos bons que passei ali, os cantores gritam: É TIRO. Pelo telão que estava ao lado do palco, vi um círculo aberto pela multidão e uma pessoa ao chão, enquanto isso, a banda já havia parado de tocar e apagado todas as luzes do palco. Disseram-me que houve um disparo na direção do palco também.

Paguei a única lata de cerveja que consumi e quando pensei ir embora, uma briga começou bem à minha frente e todos corriam na mesma direção que eu estava. E na correria, um barulho de tiro ou bomba, não sei. Só sei que mães protegiam filhos, crianças e mulheres choravam e todos queriam se proteger, jogando- se no chão e entrando nas barracas. Esses 10 eternos minutos de briga ao meu lado foram apavorantes.

Quando a confusão parou um pouco, “todos” resolveram sair da festa, e mais um problema: NÃO TINHA SAÍDA SUFICIENTE.

A festa está, com uma péssima estrutura pois, quase não tem saída do centro da praça que está totalmente cercada por barracas. Não tinha saída suficiente para aquela multidão e alguns derrubavam barracas, pisavam e quebravam cadeiras para sair daquele sufoco. Quando estava saindo, derrubaram o fundo de uma barraca para abrir mais uma saída, eu também procurei sair por ali e simplesmente uma mulher com uma faca apontada pra mim disse que não era para ninguém passar por ali, pois, ela iria fechar a o fundo da barraca novamente.

Ao chegar à festa passei por dois portões e não tinha policiais revistando, tampouco detector de metal. Na saída (pelo mesmo portão) tinham dois policiais que já estavam saindo para acalmar outra confusão.

O fato é que a estrutura da festa tem que ser mais bem organizada e a quantidade de policiais tripilicada. Sei que depois da confusão do primeiro dia, o patrulhamento aumentou, mas... Bem, espero que nos últimos dias de festa tenham protegido Maria Quitéria, pois, neste festejo de São João, um José se foi e vários se feriram.

2 comentários:

Anônimo disse...

É jornalista da oposição e ta querendo estragar a imagem do prefeito é? Nada a ver, a festa de sao jose é muito linda e segura, isso foi um fato isolado.

Zé.

Anônimo disse...

Mila, precisamos mesmo reivindicar mais segurança, é um direito do cidadão. Imagino o desespero que você passou, bj


Sara